sexta-feira, 27 de julho de 2007

Até nisto os gato são demais...

História publicada no New England Journal of Medicine
Óscar, o gato que sabe quem vai morrer2007-07-26 15:12:00 Alexandre Martins

O gato Óscar não é médico. Na verdade, não consta que tenha sequer frequentado o ensino básico. Mas, apesar da evidente falta de qualificações, e mesmo com a grande desvantagem que é não ter polegares oponíveis, Óscar é uma referência para os profissionais de saúde do Steere House Nursing and Rehabilitation Centre, em Providence, nos Estados Unidos, que trata doentes com Alzheimer e Parkinson. Uma espécie de Dr. House, mas com mais pêlo e sem o vício em Vicodin. Só que Óscar não tem o dom de salvar vidas — a sua especialidade é saber qual dos pacientes já tem hora marcada com a morte.Num artigo publicado no prestigiado New England Journal of Medicine, o geriatra e professor universitário David Sosa explica como Óscar anuncia a morte iminente de um doente. Todos os dias, Óscar levanta-se da sua posição favorita e dá início a um passeio pelo 3º piso do centro de saúde. Quarto após quarto, o gatinho de dois anos de idade vai-se abeirando das camas, cheira os doentes e, de vez em quando, entrega a sua mensagem de morte: sobe para a cama, enrosca-se no corpo do doente e fica ao seu lado até ao último suspiro.Este comportamento já foi verificado por mais de 25 vezes, segundo o professor da Universidade Brown, num testemunho corroborado pela sua colega Joan Teno. Em declarações à Associated Press, esta especialista em tratamento de doentes terminais da Universidade Brown diz mesmo que Óscar não tem rival na desagradável tarefa de predizer a morte de um paciente.Jean Teno conta que ficou convencida quando presenciou o 13º caso do mensageiro da morte de quatro patas. Numa das suas incursões aos quartos do hospital, Óscar não subiu para a cama de uma doente que os médicos sabiam estar a viver as suas últimas horas. Quando Joan Teno esperava que Óscar transformasse em comportamento aquilo que já todos sabiam, o gatinho retirou-se do quarto, deixando a especialista convicta de que tudo afinal não passava de uma série de coincidências. Dez horas mais tarde, a paciente soltava o seu último suspiro, já sem a presença de Joan Teno. O que a médica só veio a saber mais tarde é que Óscar tinha regressado ao quarto da doente duas horas antes da sua morte. Subiu para a cama, enroscou-se e ficou ao seu lado até ao último suspiro. A médica tinha errado o seu prognóstico por algumas horas, mas o gato estivera lá no último momento.Sem explicaçõesNinguém sabe explicar o comportamento de Óscar. Para a médica Jean Teno, o gato responderá a cheiros, ou então conseguirá interpretar algo a partir do comportamento das enfermeiras, que o criaram desde bebé.Já Nicholas Dodman, especialista em comportamento animal no hospital veterinário da Universidade de Tufts, no estado do Massachusetts, considera que a chave está no tempo que Óscar dispensa aos vivos e aos moribundos. Para Dodman, quando o gato sobe para a cama de um doente pode estar apenas à procura do cobertor aquecido com que as enfermeiras costumam tapar as pessoas que estão prestes a morrer.Seja qual for a explicação, os médicos e as enfermeiras do Steere House Nursing and Rehabilitation Centre consideram que a colaboração de Óscar é inestimável, já que lhes permite telefonar aos familiares dos doentes para que estes não passem sozinhos os seus últimos momentos de vida. Ou pelo menos que os passem acompanhados pelos seus entes queridos, já que ninguém lhes tira o calor de uma pequena bola de pêlo cinzento e branco.

Bem, os meus gatos não são tão especiais, mas quando alguém está doente e acamado por estas bandas, ficam 24h connosco na cama até nos levantarmos. Companhias insubstituíveis.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Requiem

Hum... daqui a uns meses a Caixa Geral de Aposentações é capaz de ordenar a exumação do cadáver e declará-lo apto para o serviço, como monumento à democracia em Portugal.
Chiuuuu...eles andam aí...os bufos...

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Ai, ai, ai

Mais uma dose de portuga...até dói!

Futebol filosófico

A um jogo de futebol destes gostava eu de assistir... um pouco de inteligência para variar, ahah. Monty Python no seu melhor. Gatos fedorentos, aprendam.

Maximização da poupança

Pois, pois. Mais um engano deste governo socialista (?).

Ministro da Saúde garante que não recomendou entrega de remédios fora de prazo a pobres 28.06.2007 - 10h17 Lusa, PUBLICO.PT

O ministro da Saúde aconselhou ontem a Associação Nacional de Farmácias a distribuir os remédios que sobraram pelos mais pobres, depois de um representante daquela associação ter exibido um saco com medicamentos fora de prazo. Hoje, o Ministério da Saúde esclarece que Correia de Campos não sabia que se tratava de medicamentos fora de prazo.
Ontem, numa conferência organizada pela Ordem dos Economistas, Correia de Campos aconselhou a entrega "a pobres" de medicamentos excedentes, como forma de evitar o desperdício de fármacos.Segundo a rádio TSF, o comentário do ministro da Saúde seguiu-se a uma interpelação de um representante da Associação Nacional de Farmácias (ANF), que exibiu um saco com medicamentos fora de prazo no valor de 1700 euros.Em declarações à Lusa, a assessora de imprensa de Correia de Campos esclarece que o representante da ANF não disse que se tratava de medicamentos fora de prazo, mas sim de remédios entregues nas farmácias. A mesma fonte assegura que o ministro "nunca se referiu a medicamentos fora de prazo".A discussão surgiu quando foi abordado um estudo realizado em 2005 pela ANF e pela Administração Regional de Saúde do Centro sobre desperdício de medicamentos.De acordo com a TSF, o ministro da Saúde disse que "toda a gente sabe" que há desperdício de medicamentos, porque por vezes os utentes compram unidades a mais. "Certamente essa associação [Associação Nacional de Farmácias] tem pobres inscritos. Talvez pudesse facultar esses produtos farmacêuticos para serem utilizados", recomendou o ministro
.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Mais um caso de violência..

...de professores sobre um pobre aluno! Inconcebível. O professor deveria ser alvo de um processo disciplinar por demonstrar clara insensibilidade para com um aluno desfavorecido em termos de expressividade oral. Não compreendo como ainda o deixam entrar no espaço escolar. É por casos destes que me sinto envergonhada de ser professora. Esfaqueiem-me, por favor. Eu também mereço.

Aluno proibido de entrar em Braga. Esfaqueou um professor no recinto na Universidade do Minho O Tribunal de Instrução de Braga proibiu o estudante da Universidade do Minho (UM), que esfaqueou o presidente da Escola de Direito, Luís Gonçalves, de entrar nas instalações do Campus, disse hoje à Lusa fonte judicial.A fonte adiantou que o aluno, do pólo de Braga da UM, residente em Barcelos, ficou ainda também proibido de entrar na cidade de Braga e obrigado a apresentar-se periodicamente no posto policial próximo da residência.As medidas de coacção - sublinhou a fonte - visam impedir que o arguido se tente, de novo, abeirar-se de dois professores da UM, que são alvo da sua ira. Fonte universitária adiantou à Lusa que, além do inquérito judicial que enfrenta, o aluno será suspenso e poderá ser expulso da instituição na sequência do processo disciplinar que lhe vai ser instaurado. O jovem, que entrou no Gabinete do responsável da Faculdade de Direito alegadamente "para o matar", estava revoltado porque pretendia, entre outras reivindicações, que lhe fosse atribuído o estatuto de deficiente, por sofrer de gaguez. O docente, que foi agredido por volta das 12:00 de quinta-feira no Gabinete que ocupa no edifício da Escola de Direito, teve de receber tratamento hospitalar, com "pontos", a cortes superficiais no rosto, num braço e nas costas, mas - segundo fonte da Relações Publicas - nenhum órgão ou músculo foi atingido. O aluno protestava contra o processo de Bolonha, dizendo que este método pedagógico - adianta a mesma fonte - o tem prejudicado, impedindo-o de passar de ano e de ser finalista da licenciatura.
Jornal de Notícias, 15 de Junho de 2007

quinta-feira, 14 de junho de 2007

É preciso muita lata

Saramago no seu melhor: a esquerda é estúpida. Bom, para quem apoia Fidel, esta deve-lhe ter saido depois de um almoço bem regado. Pois, porque se há coisa que não falta em Cuba é democracia, liberdade de expressão.. pelos vistos, esquerdas há muitas, seu palerma.

Já não há pachorra

Mais uma pérola do lobby do Vaticano. Será que ninguém criminaliza as mães que pariram estes frustrados sexuais? Cada vez mais o ateísmo me parece a única alternativa racional e inteligente..

terça-feira, 12 de junho de 2007

Sem comentários....

Associação de Matemática convidada a deixar comissão após criticar a ministra 12.06.2007 - 10h18 Isabel Leiria - Jornal Público

Um comunicado da Associação de Professores de Matemática (APM) em que criticava declarações proferidas pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, levou o ministério a sugerir à organização o abandono da comissão de acompanhamento do Plano da Matemática.
O "convite" foi feito por Luís Capucha, director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, no dia em que as críticas às declarações de Maria de Lurdes Rodrigues foram divulgadas pela comunicação social. "Pela primeira vez o país associará os resultados não apenas à performance dos alunos, mas também ao trabalho das escolas e dos professores, para o melhor e para o pior", disse a ministra a propósito dos exames nacionais do 9.º ano, no final de uma reunião de balanço do primeiro ano do Plano da Matemática, a 11 de Maio. Poucos dias depois, a APM reagia em comunicado, criticando a "ausência de sentido pedagógico" e a "leitura muito simplista e redutora do que é esse trabalho e a educação.""No dia em que a notícia saiu no PÚBLICO, recebemos um telefonema do director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular a dizer que deveríamos sair da comissão", conta Rita Bastos, presidente da APM. "Houve uma tentativa para que o ministério formalizasse esse convite por escrito, o que não aconteceu. A 30 de Maio, numa reunião da comissão de acompanhamento em que estive presente, o dr. Luís Capucha reiterou a posição de que, no entender dele, as críticas implicavam a saída da APM. Disse que, como fazíamos parte da comissão, não podíamos manifestar críticas publicamente. Nesse dia abandonámos a comissão." Rui Nunes, assessor de imprensa do Ministério da Educação, diz que o entendimento foi o de que, com o comunicado divulgado, a APM se "auto-excluiu" do processo, escusando-se a dar mais explicações. "Como associação profissional, a APM não pode, de modo nenhum, comprometer a sua independência em relação ao ME. Temos o direito e o dever de manifestar as nossas opiniões. Além disso, as declarações da ministra também foram públicas", sublinha Rita Bastos, garantindo que em "20 anos de história e várias parcerias com vários governos", nunca tinha acontecido à APM confrontar-se com "esta reacção de alguém dizer que não se pode criticar publicamente" um programa. No comunicado em causa, a APM sustentou que "mudanças relevantes e duradouras em educação não acontecem num ano e projectos como os que estão em curso nas escolas têm que ser avaliados por indicadores mais apropriados que não são certamente os exames, instrumentos muito limitados e pouco adequados para a avaliação deste tipo de intervenções." As críticas da associação estendiam-se ainda ao atraso nos apoios previstos pela tutela. Na sua página na Internet, a APM assegura que "continua disponível, como sempre tem estado, para apoiar os professores e os seus projectos nas escolas e para promover as aprendizagens matemáticas dos alunos." O Plano da Matemática foi lançado em Junho de 2006 e implicou que as escolas, depois de reflectir sobre os maus resultados nos exames nacionais do 9.º, elaborassem estratégias de melhoria, solicitassem apoios e calendarizassem os objectivos a atingir ao longo dos próximos três anos. As metas foram fixadas em contratos assinados entre o ME e 1070 escolas com 2.º e 3.º ciclos do básico. O plano tem um orçamento de nove milhões de euros e envolveu já quase 300 mil alunos e mais de 10 mil docentes.


Quem se segue?....

O meu reino por um pénis

Mais um crime de "honra". Em pleno século XXI, ainda se mata em nome de costumes medievais, em nome de um direito que não se tem: o de controlar a vida dos outros e de decidir por si. Uma sociedade patriarcal onde as mulheres vêm ao mundo com o único objectivo de servir os homens, gerar a sua prole e limpar os seus dejectos. Uma sociedade que ignora pedidos de ajuda, onde as autoridades encobrem a prepotência masculina e ensurdecem perante queixas de abusos físicos e psicológicos. A mesma sociedade que entope a psique feminina com cosmética e indumentária destinada a embonecar e a construir objectos libidinais para satisfazer as fantasias masculinas. E as mulheres são as suas consumidoras, tornando-se elas mesmas consumidas. A era da libertação feminina é uma ilusão.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Dignidade por um rim

Uma estação de televisão holandesa tornou a inovar no que toca ao mau gosto: um espectáculo de realidade onde é disputado um rim. Três candidatos, que em nome da saúde, abdicaram há muito da sua dignidade, degladiam-se perante as audiências para conseguirem um rim de uma paciente terminal. O critério de atribuição ficará assente na popularidade ou capacidade de comover as audiências.
Alegam os responsáveis da estação de televisão visada que o programa se destina a alertar as pessoas para a gravidade da situação de milhares de pessoas que anualmente morrem em consequência de não receberem um transplante de órgão em falta.
Penso que independentemente da boa intenção alegada, resta uma questão ética: até que ponto é legítima a utilização do sofrimento alheio para o share televisivo? Se de facto a falta de órgãos comove os responsáveis pela estação de televisão, por que razão não se limitaram a expor o problema através de uma reportagem séria? Porquê elaborar um programa de franco mau gosto onde se vislumbra o desespero de quem vê a vida escapar-lhe por entre os dedos a cada dia que passa, e precisa de se sujeitar a esta exposição pública? E o critério de doação? A quantidade de SMS recebida? Quantos SMS valem uma vida?...