
Já há muito tempo que não escrevo nada. Já há muito tempo que não tenho disponibilidade para me desligar das necessidades mundanas, mas ultimamente algo despertou violentamente a minha atenção - a utilização de químicos perigosos na alimentação e nos produtos mais corriqueiros que se possam imaginar.
Descobri que a associação francesa de defesa do consumidor Qui Choisir, o equivalente à DECO no nosso país, anda há já muito tempo a pressionar o governo francês para legislar no sentido de proibir de uma vez por todas a utilização de parabenos nos produtos de higiene pessoal. E porquê? Porque estes componentes, derivados do ácido p-hidroxibenzóico, um subproduto da indústria petroquímica, utilizados como conservantes, são muito, mas mesmo MUITO suspeitos de provocarem os mais diversos tipos de cancros. De acordo com a investigação levada a cabo pela investigadora britânica Phillipa Darbre, de 20 tecidos mamários cancerosos, encontrou parabenos em 18. Tendo em conta que os desodorizantes, em contacto permanente com zonas da pele altamente irrigadas e com gânglios linfáticos, estão carregados destas componentes, a reação foi rapidamente estabelecida.
As associações de controlo da qualidade alimentar e cosmética negam o perigo, argumentando que estamos expostos a quantidades relativamente pequenas. Mas se analisarmos os produtos lá de casa, desde champôs e amaciadores, a hidratantes, passando pelas pastas de dentes e até medicamentos, os componentes estão lá: methylparaben; butylparaben; ethylparaben; isobutylparaben e propylparaben. O problema está no facto de DIARIAMENTE estarmos expostos a substâncias potencialmente perigosas quando tomamos banho, quando escovamos os dentes, quando usamos cosméticos, quando nos alimentamos, quando nos tratamos. Será coincidência o aumento de cancros nas sociedades ditas civilizadas e desenvolvidas? Tornámo-nos tão dependentes da indústria do petróleo que até o ingerimos!
Claro que há alternativas, mas tudo está carregado de componentes químicos e não se sabe muito bem até que ponto os seus efeitos a longo prazo na saúde humana serão prejudiciais.
Mas se a questão é controversa no que toca ao uso de produtos de higiene pessoal e cosmética, o que colocamos nos nossos pratos não fica atrás. O uso indiscriminado dos "E" na alimentação, como corantes, intensificadores ou conservantes e a sua influência na saúde humana dá que pensar. Por exemplo, os antioxidantes E-320 e 321 são derivados do petróleo, usados para conservar pastilhas elásticas, purés em flocos, etc.. São tóxicos e até cancerígenos. Ou sabiam que o E-173 é simplesmente alumínio? E o E-174 prata? e o E-175 ouro? O E-210, ácido benzóico, é mais um derivado do petróleo, é usado em refrigerantes. Literalmente andamos a comer crude.
Soluções?
Abrir os olhos e escolher os produtos antes de os colocar acriticamente no cesto/carrinho de compras. Preferir produtos biológicos, caseiros, sem pesticidas. Evitar produtos refinados e sintéticos (refrigerantes, doces industriais, alimentos com cores muito vivas). Preferir alimentos integrais, açúcares puros de cana, evitar adoçantes. Fugir dos plásticos (altamente poluentes) e preferir embalagens de cartão e vidro. Ler os rótulos, escolher produtos não testados em animais, o mais naturais possível. Quanto mais "E's" no rótulo, pior! Afinal, se precisa de muitos corantes e aditivos é porque o sabor original deve ser mesmo mau! O problema é que os portugueses só lêem a Bola e o resumo das novelas, não se preocupam com o que metem pela goela abaixo! Afinal, é da nossa saúde que estamos a falar. Informem-se, porque nada convém mais aos maus governos e às grandes multinacionais e lobbies económicos que um povo ignorante e adormecido com morangos com açúcar e futebol às toneladas!
Para mais informações, consultem:
http://www.taps.org.br/meioam24.htm - recomendo vivamente, muito esclarecedor
Ou leiam
"Há lixo nos nossos pratos", de Fabien Perucca e Gérard Pouradier, edições Campo das Letras
Descobri que a associação francesa de defesa do consumidor Qui Choisir, o equivalente à DECO no nosso país, anda há já muito tempo a pressionar o governo francês para legislar no sentido de proibir de uma vez por todas a utilização de parabenos nos produtos de higiene pessoal. E porquê? Porque estes componentes, derivados do ácido p-hidroxibenzóico, um subproduto da indústria petroquímica, utilizados como conservantes, são muito, mas mesmo MUITO suspeitos de provocarem os mais diversos tipos de cancros. De acordo com a investigação levada a cabo pela investigadora britânica Phillipa Darbre, de 20 tecidos mamários cancerosos, encontrou parabenos em 18. Tendo em conta que os desodorizantes, em contacto permanente com zonas da pele altamente irrigadas e com gânglios linfáticos, estão carregados destas componentes, a reação foi rapidamente estabelecida.
As associações de controlo da qualidade alimentar e cosmética negam o perigo, argumentando que estamos expostos a quantidades relativamente pequenas. Mas se analisarmos os produtos lá de casa, desde champôs e amaciadores, a hidratantes, passando pelas pastas de dentes e até medicamentos, os componentes estão lá: methylparaben; butylparaben; ethylparaben; isobutylparaben e propylparaben. O problema está no facto de DIARIAMENTE estarmos expostos a substâncias potencialmente perigosas quando tomamos banho, quando escovamos os dentes, quando usamos cosméticos, quando nos alimentamos, quando nos tratamos. Será coincidência o aumento de cancros nas sociedades ditas civilizadas e desenvolvidas? Tornámo-nos tão dependentes da indústria do petróleo que até o ingerimos!
Claro que há alternativas, mas tudo está carregado de componentes químicos e não se sabe muito bem até que ponto os seus efeitos a longo prazo na saúde humana serão prejudiciais.
Mas se a questão é controversa no que toca ao uso de produtos de higiene pessoal e cosmética, o que colocamos nos nossos pratos não fica atrás. O uso indiscriminado dos "E" na alimentação, como corantes, intensificadores ou conservantes e a sua influência na saúde humana dá que pensar. Por exemplo, os antioxidantes E-320 e 321 são derivados do petróleo, usados para conservar pastilhas elásticas, purés em flocos, etc.. São tóxicos e até cancerígenos. Ou sabiam que o E-173 é simplesmente alumínio? E o E-174 prata? e o E-175 ouro? O E-210, ácido benzóico, é mais um derivado do petróleo, é usado em refrigerantes. Literalmente andamos a comer crude.
Soluções?
Abrir os olhos e escolher os produtos antes de os colocar acriticamente no cesto/carrinho de compras. Preferir produtos biológicos, caseiros, sem pesticidas. Evitar produtos refinados e sintéticos (refrigerantes, doces industriais, alimentos com cores muito vivas). Preferir alimentos integrais, açúcares puros de cana, evitar adoçantes. Fugir dos plásticos (altamente poluentes) e preferir embalagens de cartão e vidro. Ler os rótulos, escolher produtos não testados em animais, o mais naturais possível. Quanto mais "E's" no rótulo, pior! Afinal, se precisa de muitos corantes e aditivos é porque o sabor original deve ser mesmo mau! O problema é que os portugueses só lêem a Bola e o resumo das novelas, não se preocupam com o que metem pela goela abaixo! Afinal, é da nossa saúde que estamos a falar. Informem-se, porque nada convém mais aos maus governos e às grandes multinacionais e lobbies económicos que um povo ignorante e adormecido com morangos com açúcar e futebol às toneladas!
Para mais informações, consultem:
http://www.taps.org.br/meioam24.htm - recomendo vivamente, muito esclarecedor
Ou leiam
"Há lixo nos nossos pratos", de Fabien Perucca e Gérard Pouradier, edições Campo das Letras