... que estamos numa onda de solidariedade, porque não pegar nas velhas mantas e casacos lá de casa e ajudar quem precisa? Uma sugestão é contactarem associações que recolhem animais que outros consideraram lixo e darem aquilo de que já não precisam mas que pode melhorar a vida de quem já nem o carinho tem. Os animais nestas associações sofrem pelo abandono, mas também pelo frio, porque por muita boa vontade que os voluntários tenham, não podem aquecer os bichinhos todos :-(
Bem sei que também há pessoas que são sem-abrigo, que têm frio e delas também me compadeço. Mas a essas há sempre mais quem estenda a mão, enquanto aos animais estendem mais facilmente o pé.
Sugestões:
em Stª Maria da Feira têm a AANIFEIRA
em Vila do Conde, têm A Cerca
e certamente que haverá mais a precisar de ajuda!
Sabe muito bem fazer deste mundo um lugar mais humano, mesmo para os animais. Eu já entreguei vários quilos de mantas. E quero agradecer do fundo do coração às miúdas das minhas turmas que muito ajudaram já!
Pensem em contribuir. Obrigado por eles.
sábado, 27 de janeiro de 2007
É só para lembrar...
...a quem gosta de gatos e, simultaneamente, gosta de dar prendas originais que revertem para boas causas, que pode juntar dois prazeres no blog www.bichanosdoporto.blogspot.com , onde pode adoptar/ajudar bichanos no Porto e comprar artesanato muito original a preços simbólicos.
Bons miados!
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
De Volta!
Pois é, depois de quase um ano de ausências, voltei.
2006 foi um ano francamente mau e deprimente. Apercebi-me de ensinar não me realiza e que não quero apodrecer numa escola para o resto dos meus dias, tive um tumor de 12cm num ovário, fiz exames muito dolorosos, fui operada, fiz tratamentos hormonais para induzir uma menopausa artificial, ponderei o suicídio porque não aguentava mais as crises de pânico a meio da noite, tomei injecções e comprimidos de fertilidade, engravidei e abortei com 11 semanas de gestação. Fiz num ano o que muita gente não faz na vida inteira e precisei de parar para fazer um upgrade na minha existência.
Voltei porque o tema do aborto me é muito precioso. Apesar de ter sofrido um aborto não desejado, continuo a reafirmar a minha disponibilidade para votar SIM no referendo ao aborto. Não que concorde com a existência do referendo em si: se os senhores deputados auferem vencimentos e regalias sociais elevadas pelo pouco trabalho que desempenham, então que os justificassem fazendo aquilo pelo qual são regiamente pagos: LEGISLAR, em vez de sacudirem a batata quente para o povinho, ignorante, clérigo e arreigado a dogmas ultrapassados da "vida é sagrada".
Talvez se muitos destes deputados, autarcas e políticos corruptos que, como sanguessugas, se agarram ao poder, tivessem sido abortados, o país não estivesse como está - podre.
Para mim, não há religião, mães de família dondocas, padres, associações "pró-vida" que me entopem a caixa de correio com missivas da virgem maria a avisar-me para os perigos da matança inocente de bebés (!) que me convençam de que o direito à vida é mais importante que o direito à qualidade de vida. Ter filhos que não se desejam para depois abusar deles, mandá-los para o hospital ou abandoná-los na lixeira? Poupem-me. Mal por mal, que se aposte na educação sexual nas escolas, mas depois vêm as mãezinhas de família gritar que isto e preservativos na escola vão levar as crianças a praticarem mais sexo! Sim, pois. E a Igreja, ai que deus nos acuda, que os meninos são inocentes.
Chega de hipocrisia social. Chega de criminalizar mulheres. Chega de ganhar dinheiro à custa da clandestinidade. É tempo de dignificar a mulher para que esta possa também dignificar a sua descendência DESEJADA.
Votarei SIM.
2006 foi um ano francamente mau e deprimente. Apercebi-me de ensinar não me realiza e que não quero apodrecer numa escola para o resto dos meus dias, tive um tumor de 12cm num ovário, fiz exames muito dolorosos, fui operada, fiz tratamentos hormonais para induzir uma menopausa artificial, ponderei o suicídio porque não aguentava mais as crises de pânico a meio da noite, tomei injecções e comprimidos de fertilidade, engravidei e abortei com 11 semanas de gestação. Fiz num ano o que muita gente não faz na vida inteira e precisei de parar para fazer um upgrade na minha existência.
Voltei porque o tema do aborto me é muito precioso. Apesar de ter sofrido um aborto não desejado, continuo a reafirmar a minha disponibilidade para votar SIM no referendo ao aborto. Não que concorde com a existência do referendo em si: se os senhores deputados auferem vencimentos e regalias sociais elevadas pelo pouco trabalho que desempenham, então que os justificassem fazendo aquilo pelo qual são regiamente pagos: LEGISLAR, em vez de sacudirem a batata quente para o povinho, ignorante, clérigo e arreigado a dogmas ultrapassados da "vida é sagrada".
Talvez se muitos destes deputados, autarcas e políticos corruptos que, como sanguessugas, se agarram ao poder, tivessem sido abortados, o país não estivesse como está - podre.
Para mim, não há religião, mães de família dondocas, padres, associações "pró-vida" que me entopem a caixa de correio com missivas da virgem maria a avisar-me para os perigos da matança inocente de bebés (!) que me convençam de que o direito à vida é mais importante que o direito à qualidade de vida. Ter filhos que não se desejam para depois abusar deles, mandá-los para o hospital ou abandoná-los na lixeira? Poupem-me. Mal por mal, que se aposte na educação sexual nas escolas, mas depois vêm as mãezinhas de família gritar que isto e preservativos na escola vão levar as crianças a praticarem mais sexo! Sim, pois. E a Igreja, ai que deus nos acuda, que os meninos são inocentes.
Chega de hipocrisia social. Chega de criminalizar mulheres. Chega de ganhar dinheiro à custa da clandestinidade. É tempo de dignificar a mulher para que esta possa também dignificar a sua descendência DESEJADA.
Votarei SIM.
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