quinta-feira, 28 de julho de 2005

A diferença entre a morte e a vida

Nesta manhã uma das gatinhas salvas há meia dúzia de dias, a Ronrom, morreu-me nos braços. Antes de dar o último suspiro, agarrou-me na mão e olhou-me nos olhos. Estas coisas não se esquecem e por isso dedico-lhe este post.
Nestas pequeninas coisas se nota a ténue linha que separa a vida da morte. Tanto vivemos como morremos assim, de um momento para o outro. A vida tem tanto de bela e selvagem, como de frágil e assustador. Num momento é vibrante, noutro esvai-se como a areia por entre os dedos, num suspiro de gatinha. Às vezes fazem-se milagres, outras vezes é impossível. Agora há que cuidar da sua maninha, a Trincas, e esperar que com ela as coisas corram melhor. Resta-me a consolação de saber que pelo menos morreu rodeada de amor e não no meio de uma mata queimada e estéril. Talvez seja essa a diferença entre a verdadeira vida e a morte.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo...