sábado, 23 de julho de 2005

As gatinhas-pinha



Na passada sexta feira, quando voltava da escola, passando de carro por Folgosa, mesmo entre duas enormes áreas ardidas, tive de desviar-me daquilo que julguei serem duas pequenas pinhas para evitar derrapar, como já me aconteceu uma vez. Quando acabo de o fazer, reparo pelo retrovisor que as pinhas se mexeram, o que não é suposto acontecer, a não ser que se tratasse de pinhas assombradas, coisa ainda mais rara. Já com o coração aos pulos pelo espanto, páro o carro uns metros mais à frente e saí para ver as pinhas moventes quando verifico que eram duas gatinhas farruscas, com um mês de idade, aninhadinhas mesmo no meio da estrada. Devagarinho para não as assustar, aproximei-me e uma delas já mal se mexia, deixando-se apanhar e aninhar na palma da minha mão. Depois de a colocar no banco do carro, voltei para apanhar a outra, sempre na esperança que não passasse nenhum louco, como há muitos por essas estradas, disposto a passar-lhe por cima. A gatinha escondera-se debaixo de uma pedra e como naquela zona tudo era preto e queimado, demorei algum tempo até a descobrir, com o rabito de fora a tremer. Bom, lá trouxe as gatinhas-pinha no carro, cobertas com um pano para as sossegar e agora estão a salvo. Cabem na palma da mão, hão-de pesar cerca de 100 gramas cada uma e só têm pele e osso, mas um apetite desmesurado compensa essa magreza. Hoje já brincaram e até já deixam aproximar as pessoas porque, sendo selvagens, nunca viram gente pela frente. Uma delas, a farrusca 2, até já deixou fazer festinhas na barriga e fez montes de ronroms!
Acho que se salvarão, apesar de serem muito pequeninas e frágeis, mas fico triste por saber que neste preciso momento há milhares de animais por esse país fora abandonados ou entregues à sua sorte por falta de uma política de educação cívica e ambiental. Existem porque as pessoas não esterilizam os seus animais ou, pior ainda, os abandonam à fome, aos maus tratos e ao diabo! Independentemente da concepção religiosa, científica ou filosófica que possamos ter dos animais, uma coisa é certa: os princípios éticos são os mesmos - não devemos inflingir sofrimento a outra criatura viva! E isso implica cuidar, tratar e não abandonar ou submeter qualquer animal a sofrimento desnecessário!
Ter um animal de estimação implica ter cuidados, vacinações, alimentação, muito amor e respeito e também esterilização, porque quando surgem as crias, muitas vezes são postas na rua, dentro de sacos, ou então, como fazem em Lisboa, atiradas da ponte para o Tejo para morrerem afogadas. Sim, este é mesmo um país terceiro-mundista.
Respeitar os animais é respeitar a vida e respeitar a vida é ser Humano.
Aconselho a verem esta apresentação e já agora a darem uma vista de olhos por este sítio. Leiam, divulguem e ajudem a tornar este mundo um pouco mais humano! E já agora boas férias para todos!

1 comentário:

Anónimo disse...

A stora é o meu ídolo...plu menx 1 dos...lol.
Admiro a stora por tudo que faz i da amneira k u faz, por tudo k deix i da maneira k u dix.... ximplexmente ADMIRO-A.
BIGADA POR SER MINHA PROF.
bjuh gande