
Tendo como exemplo os casos de Andrés Escobar (jogador colombiano morto em 1994 por ter marcado um golo na própria baliza e "ajudado" a sua selecção a perder no campeonato do mundo), e agora do assassinato do treinador da selecção paquistanesa de críquete, Bob Wolmer, que se crê estar relacionado com o facto de esta ter perdido o campeonato do mundo da modalidade, entre muitos outros, deveriam levar os teóricos, estudiosos ou bem-intencionados a reflectir sobre o fenómeno.
As claques desportivas no futebol entram nos estádios com "very-light", apresentam comportamentos violentos e insultuosos durante os encontros (temos o exemplo da claque dos super-dragões que desrespeitou o minuto de silêncio em homenagem a Bento) e parecem sair sempre impunes, sem consequências visíveis. Apedrejamentos às camionetas das equipas adversárias parecem ser lugar comum, e o reforço policial nos jogos ditos "difíceis" acabam por levar muita gente a pensar duas vezes antes de se arriscar a assistir a um desafio. Os mais recentes acontecimentos em Itália, num jogo entre o Palermo e o Catania, onde faleceu um polícia, deveriam dar que pensar.
É óbvio que não deveria ser assim. Todos condenam os factos. Mas o certo é que muito pouco se faz para analisar as causas e combater os efeitos.
O que leva as pessoas a exacerbarem o seu amor ao desporto?
Muitos dos adeptos nem desporto praticam. Portanto, não é pela prática que se dedicam.
Haverá alguma correlação entre o nível socioeconómico dos desordeiros e as suas práticas? Baixa escolaridade acompanhada de fracas expectativas que os levam a depositar as suas atenções e esforços num clube? Conformismo de grupo que transforma indivíduos pacíficos em destruidores compulsivos quando inseridos em fenómenos de massa?
Depósito de esperanças em vitórias desportivas? E consciencialização das derrotas dos clubes como derrotas pessoais às quais é preciso reagir, assassinando jogadores?
Sentimento de impunidade? Glorificação, quando nas suas vidas privadas deve imperar a frustração?
Não se vêem punições legais exemplares, medidas tomadas por clubes/selecções, reprovação séria por parte da sociedade civil. Não se aposta na educação das camadas mais jovens, que cedo repetem slogans agressivos contra clubes adversários e nos quais é fomentada a rivalidade pelos próprios pais.
Falta de ídolos? Falta de modelos comportamentais que os leva a voltarem-se para o fundamentalismo desportivo? Cada vez menos faz sentido associar o desporto ao desportivismo, e não se vêem melhorias no horizonte.
2 comentários:
ena ena
esta conheço
é Beethoven
é sonata só não me lembro do número
é uma das três ou quatro mais célebres
patética
apassionata
não é a «ao luar»
nem a minha preferida «a tempestade»
haaaa!!! esta parte é inconfundível
é a apassionata!!?
será? lol
Ena, ena, acertaste!É patética, sim senhor! Gostas? Fartei-me de Rachaminov...
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